Eu fumava um
cigarro na esquina do bairro nobre quando o celular disparou “Feel good hit of
the summer”, do Queens of the Stone Age.
Não reconheci o número;
assim, receei alguma cobrança.
Mesmo
temeroso, atendi e, para surpresa, as primeiras palavras ouvidas foram: “Grande
Pluhar! Que orgulho falar com você!”
Sem
certeza, desconfiei do Suledil que, por engano, me desejaria felicitações
aniversárias (o mesmo me telefonou em meu aniversário).
Não, não era o
“Secretário da Prefeita Rosinha Garotinho”.
O remetente logo se
apresentou membro de um Partido Político que “visiona” novos nomes à Política
campista e falou que eu era “a revolução das próximas eleições.”
Exagerado, continuou me
elogiando e afirmou que “venceria fácil (e com poucos votos) a disputa para
Vereador”.
Para isto, sugeriu o
foco na juventude que me “vê como um intelectual de fácil entendimento”.
Eu pedi a palavra, mas,
ele interrompeu: “Só um momento, Pluhar! Ninguém fez tanto pela Cultura e
Educação campista como você!”
Não
me aguentei e disparei alta gargalhada que, enfim, o silenciou.
Assim,
consegui explicar em definitivo que ele estava enganado, que queria me enganar,
enganar os cidadãos e se beneficiar com toda a situação.
Questionei
se aceitaria que eu tivesse a metade do número de assessores, a redução da
verba de Gabinete e salário?
“Tudo é uma questão de
conversar, Pluhar.”
Não, NÃO TEM CONVERSA!
Coluna nadacult, jornal
Folha da Manhã de 30 de Setembro de 2015, Folha Dois, página 3.
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