3 de jun. de 2015

Tomou água do parto?



Acho que era 1 da madrugada quando o cara de camisa colorida desbotada pediu para encher seu copo de cerveja.
Eu disse: Não!, mas, não adiantou, pois, Gabriel o serviu e justificou que o conhecia.
            Sem paciência com estes Esquerdistinhas pedintes e seus discursos contra o “sistema”.
            E quando fundamentam a conversinha através da “elevação” promovida pelo baseadinho? NOSSA! Quanta subversividade (inútil)!
            Excêntricos caretas,
impuros puros,
libertários presidiários da própria verdade.
Esta gurizada
gosta de sentar na calçada e falar bem alto
que o mundo é um amontoado de gente egoísta,
consumista
e que a solução é o rompimento com toda influência Ocidental,
limpar a bunda com sabugo de milho,
tocar violão na praia
e não se submeter ao trabalho assalariado
– pois, basta pedir dinheiro aos pais.
Criticam todos e resmungam quando são criticados.
Espalham arrogância quando “sacam” a MPB e quase se mijam com o Chico Buarque.
São tão intelectuais ao ponto de cuspir fogo contra o Funk brasileiro e negar que o mesmo compõe a Cultura atual.
E quando resolvem expor opiniões políticas?
Nada presta.
Porém, não sabem qual a solução ao imprestável.
Acreditas que conheci um que não andava de ônibus? Grande defensor do meio ambiente!
Eles também não gostam de nada subjetivo e rotulam tudo por “Pós-Moderno”.
E se dizem artistas independentes que não “se vendem”.
Gurizadinha verde... use a máquina que o destroça para destroça-la!
Quando falei isso para a guria “libertária”, recebi olhares cheios de desprezo.
Me senti mal no bar – algo estranhíssimo, já que o ambiente era bacana.
Antes de sumir de lá, toda a presunção notada foi coroada quando a garota “moderninha” de franja descolorida furou a fila do banheiro na frente da Goreti. 

Morro velho e não vejo tudo.

Coluna nadacult, jornal Folha da Manhã de 3 de Junho de 2015, Folha Dois, página 3.

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