15 de abr. de 2015
Eles não gostam do trabalhador
Qual a explicação coerente à aprovação do Projeto de Lei 4330 que autoriza a ampla terceirização dos serviços? Eu não tenho respostas concretas, mas, diversas desconfianças.
É incrível, caro leitor: o pobre brasileiro tem satisfação em descartar seu voto ao apoiar quem o explora. A falta de conhecimento político é preocupante. Ela permite o acesso das decisões políticas favoráveis aos interesses da elite que impede à reforma agrária, o fortalecimento do Estado, a taxação das grandes fortunas e heranças e deseja a diminuição salarial, o aumento da jornada de trabalho e a manutenção da alienação social.
Dos 453 Deputados que votaram no Projeto de Lei 4330, quase 70% o aprovaram. O líder da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), comandou a vitória que derrota o trabalhador.
Apenas o PT,
PSOL
e o PCdoB foram totalmente contrários.
Já, o PROS,
PRB,
PTN,
PMN,
PSDC,
PTC,
PSL
e o PTdoB não indicaram posicionamento aos seus Deputados.
Enquanto que o PSDB,
PSD,
PR,
PSB – Socialistas? –,
DEM,
PDT – pobre Brizola –,
Solidariedade,
PPS,
PV,
PP,
PMDB,
PTB – coitado do Vargas –,
PSC,
PHS
e o PEN apoiaram o empresariado contra o operariado.
Hoje, as pesquisas apontam que os trabalhadores terceirizados recebem até 24,7% menos em comparação ao contratado direto e trabalham 3 horas a mais por semana. Então, não precisa grande intelectualidade para entender que o lucro do empresariado aumentará – ainda mais! – e que o desemprego crescerá com esta porcaria de projeto.
Ah! Esqueça-se do Concurso Público. Os postos Públicos de trabalho serão ocupados por conchavos políticos – que manterão a elite no Poder.
É inegável o ressuscitar das ideologias Esquerdistas e Direitistas no Brasil. E a Esquerda ainda não percebeu a chance de retomar uma postura cheia de vigor que sempre a acompanhou (NÃO falo da Esquerda nanica radicaloide que defende o não pagamento da dívida externa, a tomada do Privado pelo Público e não enxerga as consequências trágicas destes ideais incoerentes ao momento).
O presente conservadorismo que oprime, é defendido a partir da mistura incabível da religião com a Política, da força do decadente Capitalismo acumulativo econômico e da exploração dos desfavorecidos.
Este trágico cenário nacional não é insolúvel. Porém, depende do abandono do voto no explorador que debocha do brasileiro que não percebe o perigo que corre.
Coluna nadacult, jornal Folha da Manhã de 15 de Abril de 2015, Folha Dois, página 3.
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