Não
tenho apreço pelo Rock produzido no Rio de Janeiro. Perdão. É uma cena sem o
entusiasmo que considero necessário para o barulho fazer barulho.
Lógico,
exceções existem; e eu gosto pra caramba dos Playmoboys!
Em
uma daquelas noites malucas no The Underground Pub – único lugar que frequento
por respeito próprio e ao que vivi em Porto Alegre –, conheci o Conrado Muylaert e a tal primeira impressão foi excelente,
pois, ao tocar “Aneurysm”, do Nirvana, me extasiei insano!
Assim,
criamos contato e fui apresentado ao som dos Playmoboys (https://www.facebook.com/bandaplaymoboys/).
Barulhento, com postura e honesto, do jeito que eu acredito.
A
banda nasceu em Niterói e nos 10 anos de existência, lançou dois discos. A
união de competentes dos músicos (Conrado
Muylaert – voz e guitarra; Barreto – bateria; Leo Nominato – baixo; Thiago
Correa – guitarra e Bernardo Arenari – voz, violão, sintetizadores) e uma
excelente produção, resulta num Rock Alternativo que mostra fantasticamente a
grande influência das décadas de 60/70 – Beatles e The Clash –, com o moderno
do Nirvana, Libertines, The Strokes e The Killers.
O
primeiro Cd dos Playmoboys é vendido na Internet em vários sites de conteúdo
digital. Já o novo álbum, em Março, contará com distribuição física e digital.
Sortudo
que sou – mentira, não sou sortudo –, ganhei do Conrado o novo disco e te digo:
é muito afudê!
Como
prévia ao lançamento do Cd, assista o clip da música “Baby, there’s no end, com
a participação da cantora norte-americana Ivy Hoodrave, em exibição nos canais
BIS, MultiShow e VH1 – e no Youtube, claro.
E ainda
saliento duas faixas – ambas sobre mulheres; um tema que me é bacana: “Ilusão a
dois” (“... Será que
pensa em nós?/ Menininha sabe
que eu te gosto pra caramba/ Quem sabe ouvisse os Playmoboys...”) e “Simples
engano” ( “Gostei de você,/Não diz
nada que eu quero/ Mas me faz um bem (...) Ela ri à toa/ Sempre em outro canto/
Se ela gosta, enjoa/ E quer sempre o melhor...”).
Semana
passada, conversando com o Conrado sobre as dificuldades que a Cultura
independente carrega, ele, consciente e digno, disse: “O Rock no Brasil não é viável. Ninguém arrisca
investir em música que não seja Sertaneja ou Funk. Como diz Marcos Maynard: ‘Se
nem seus ídolos (The Strokes e Libertines) ganharam dinheiro aqui, não será
você que conseguirá.’”
Mesmo com
esta certeza chata, a necessidade em continuar é um vício saudável.
E
incurável.
Ainda
bem!
Texto publicado na Coluna nadacult, jornal Folha da Manhã de 4 de Fevereiro de 2015, Folha Dois, página 3.
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