28 de fev. de 2015

Quanta falta de vergonha na cara

O brocha
galanteador
sem graça,
ladrão de ideia,
que não gosta de ti
hoje
mas,
amanhã
gostará
A que quer
ser
puta louca
e não passa de uma decadente
satisfeita com o elogio
do coitado esfomeado
O culto que ama todo mundo,
menos o negro,
o pobre,
o nordestino,
o marginal,
e eu
Outro culto
que se nomeia
escritor,
poeta
e escreve para ninguém
A sustentada pelo marido
que detesta o machismo
A sonegadora
satisfeita com o cargo de síndica
O adúltero
que ama a companheira
A adúltera
que o corno aceita
O mentiroso com vergonha
da verdade
A burra que perdeu meu dinheiro
e me culpa pela questão
O sol,
em Campos dos Goytacazes,
nasce todos os dias,
impedindo o nublado
e a chuva,
me aborrecendo
com tanto colorido
e transpiração sem fim
Tudo
tão
sem nexo,
sem oscilação,
impressionante comum
e ninguém
contesta.

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