6 de ago. de 2015

E o campista?

            A atual cena Política campista é vergonhosa.
Medíocre.
Rasteira.
Sem ideologia.
E não me refiro
apenas ao Governo,
que chegou ao cúmulo de relacionar a crise da Grécia com a decadente economia municipal (clara tentativa de tirar o foco de sua própria inaptidão administrativa).
Por sinal, esta postura
é a regra básica Governista.
O outro princípio usado é o paternalismo que afirma a positividade do empréstimo de 1 bilhão de Reais.
            Já no grupo oposicionista,
que cresceu nos últimos dias com a deserção de antigos fieis escudeiros da Situação,
a miscelânea é tão ridícula ao ponto de promover alianças infundadas sedentas pelo Poder.
Eu não tolero misturas de Partidos Políticos historicamente inimigos.
E nem adianta vir com conversinha boba
querendo me convencer que o momento exige a união de todos em prol de uma real mudança na liderança municipal.
            Desde que cheguei aqui (em 2009), recebi três convites de filiação partidária.
Neguei uma,
duas,
três vezes.
Sem arrependimento algum,
pois,
além da percepção de que seria usado,
me falta capacidade para defender o que não acredito.
            Eu vejo uma enorme tensão
e luto contra a apatia que os dois lados escondem
atrás de um monte de acusações (até mesmo pessoais).
Uns choram,
outros soltam frases impactantes,
alguns citam o Divino
e eu, caríssimo leitor,
cutuco a incoerência amontoada que pensa que somos imbecis.
            Neste monte ainda surgem os “salvadores”.
É estranho... tempos passados,
uns aí defendiam com fervor o Governo,
mas,
ao perderem a conveniência,
resolveram “salvar a população das garras do mal”.
Tudo isto convulsiona minha cabeça já inquieta.
A irritação é tanta que nem tento disfarçar (ainda mais eu que nunca fui simpático).
É urgente o surgir de novos nomes que ousem sem pestanejos,
sem presilhas
e sem fantasmas.
Está na hora de romper com as mentiras históricas
que criaram heróis sem heroísmo
e revelar que
o real protagonista
é o simpático povo campista.

Coluna nadacult, jornal Folha da Manhã de 5 de Agosto de 2015, Folha Dois, página 3

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