O jornal The New York Times, de 15 de Dezembro de 2013, publicou uma matéria – carregada de ironia desnecessária; porém, não aborrecedora – (www.nytimes.com) intitulada “Brazil's Most Pathetic Profession” (A profissão mais patética do Brasil). O texto salienta o descaso sofrido por escritores, matemáticos, professores e historiadores.
Caros, escrever no Brasil é excentricidade (ou, muitíssimas vezes, arrogância de qualquer que quer impressionar); Historiador é o chato que só fala de História; Professor... ah, o Professor é diferente! “É uma profissão bonita! Mas, o salário é baixo.”
Comecei a escrever aos 12 anos, a pesquisar aos 19 e lecionar aos 24. Carrego orgulho imenso das minhas publicações históricas e literárias, pesquisas e por ser Professor de História.
A matéria cita que a média salarial anual dos Professores brasileiros versa em torno de R$ 43 mil; na Rede Pública o valor cai para R$ 18,6 mil. Já nos Estados Unidos, o valor é de R$ 104 mil. Não concordo com os valores destinados ao Brasil. A realidade é ainda pior.
Caros, pensando na lida de Historiador, relatarei brevemente minha atuação nos Campos dos Goytacazes: lancei dois livros sobre a História campista, sou cofundador do Museu Histórico de Campos dos Goytacazes, criei – de modo independente –, em parceria com Goreti Maia Pluhar, mulher da minha vida, o site Histórias dos Campos dos Goytacazes (www.historiasdoscampos.com.br) que, muitas vezes “saiu do ar” por falta de pagamento da hospedagem.
O retorno? Financeiramente, menos de R$ 1 mil por mês e quando aumentou meu salário, um calote de quase R$ 6 mil (três meses sem pagamento). Na época, critiquei o Poder Público fato provocou a ira do mesmo e o afastamento de alguns “amigos”. Pura diversão, cara!
Não nego que a valorização “intelectual” é gratificante; porém, compreende que não aguento mais pagar aluguel?
A reportagem do The New York Times, escrita por uma brasileira, é uma tristíssima verdade. Mas, cara... CONTINUAREI.
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