9 de jun. de 2010

desculpa, amora

um dos ensinamentos vindos de meu pai
é o fato de lidar muito bem com as palavras magoantes.

às 3 e 10 da manhã
me levanto para ir ao banheiro.
olho para ela e como um imbecil
digo coisas severíssimas.

quando acordo, imediatamente,
percebo o quão duro foi meu golpe.

ela é frágil, forte, frágil...
e eu também.

seu choro
para mim
é uma
catástrofe.

a vejo de uma forma tão extraordinária
e, agora, me vejo extraordinariamente besta.

desculpa, coisa boa,
quando me convenço que,
como você diz,
sou fodão.

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