7 de fev. de 2009

o lugar e ela

Na nova casa
eu não sei onde guardam
os copos de uso diário.

Na realidade, não existe o lugar dos copos de uso diário.

Mesmo assim
ela sempre diz que os guardo em lugar errado.

Aqui o calor é diferente
e,às vezes
sou bobo dependente de coisas que não concordo.

Os bares lembram coisas de quando criança.
Um aspecto barato e escuro.

Ela não gosta dessas coisas
embora compre comida nesses lugares.

Saborosas.

As ruas são esburacadas
e o trânsito é podre.
Eu percebo um cara que em instantes,
cruzará o carro.
Minha mão aperta a coxa fantástica que ela tem num sinal de aviso.
Ela percebe o cara
e fala alguma coisa
ruim
relacionada ao povo do lugar.

Estamos próximos
ao local da entrevista de emprego.
Dez minutos.
Um cigarro,
chicle.

Ela funga-pergunta que creme passei na cara após fazer a barba
Eu digo: o do nariz.
Ela diz o creme do nariz não é pra pele do rosto, nem para nariz.

Ela é divertida pra caramba.

Me mostra a casa de sei lá quem
que roubou um dinheiro absurdo da prefeitura,
da câmara de vereadores
ou de algum outra coisa pública
ou privada.

O lugar tem cerveja com preço muito atrativo
– menor do que lá na casa velha.
Meio litro de cerveja por 1,60,
600 custando 1,79
e o litro por incríveis 2,49.

Bem bacana.

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