No fim amou pelos dois.
Amou intensamente.
Tão inseguro...
Mesmo assim, amou.
A memória de Serafim explana palavras anteriores. Tudo por acreditar escapar de encontro marcado. Enganava-se; atitude repugnante.
Realmente, não era um maldoso amante. Afirmo!
O relógio lhe chama... venha... como se fosse a preocupação com a inutilidade de um analfabeto alfabetizado político. Manipulação.
Serafim estava lá na hora combinada; Coralina atrasou-se alguns poucos minutos. Chegou no momento que assanhada moça cruza olhar. Ela apenas passou.
Tão britânico Serafim foi. Não faltou, mas ausentou-se. Nada de anormal para um humano. Contudo, sentiu-se mal.
Mal como o acordar na madrugada após um pesadelo com a ex-aproveitadora ou ao receber a notícia surpreendente que, também, ex-ambição está envolvendo-se com despreparado homem. Pobrezinha. Façamos um brinde! Fatos espantosos como o tomar vida da janela pelo vento.
Sei que foi um encontro feio como a foto de pés com frieiras.
Coralina percebeu a insatisfação na postura de Serafim; ainda assim, foi carinhosa.
– Senti saudades. Prova de consideração.
Serafim nada diz.
19 de abr. de 2008
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